“Mundo, mundo, vasto mundo,
mais vasto é o meu coração.
Eu não deveria te dizer, mas essa lua...
mas esse conhaque...
botam a gente comovido como o diabo”
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond nos surpreende ao iniciar o Poema de Sete Faces dizendo: "Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra, me disse: Vai Carlos! Ser gauche na vida.”
O que, talvez, poucos saibam, é que a palavra “Gauche” vem do francês e significa desajeitado, embaraçado, que se move pelo lado diferente da vida, incompatível, deslocado.
Com este poema e outros, dele mesmo, Drummond denuncia a sua falta de opção dentro de um cotidiano que repete padrões.
“No meio do caminho, havia uma pedra,
Havia uma pedra no meio do caminho. “
Como tropeçar em algo pequeno, questionar toda a sua existência, os pontos de parada daquilo que é grande. E, tropeça em algo insignificante.
“E agora, José.
A festa acabou
A luz apagou
O povo sumiu
A noite esfriou
E agora José
E agora, você."
Como poeta, ele é um ‘fora da caixa’ e convida o leitor a perceber isso na pele.
Um não pertencente a esse mundo de muros e travas. Indiferente ao que é mais precioso ao ser.
O poeta, mineiro reservado e quieto, quase mísero de carne e de corpo, tímido, com toda a sua doçura no dizer, faz isso reservando certa ironia e uma certa tristeza.
Fazendo isso, ele se torna modernista, imortal, atual. Leva o leitor a sentir mais do que pensar, a se identificar mais do que viajar na razão. Drummond é um retratista, ou melhor, diríamos que ele traduz o homem moderno e sua total falta de interação com o mundo. Com isso, ele sacode o pano da vida, denuncia esse mundo de desejos sem foco, sem expressão, sem lugar para o SENTIR.
PROSUM se propõe a esse despertar do ser. Através dos sentidos, não da razão, PROSUM o leva a experimentar alargar o seu potencial sensorial com exercícios simples e acessíveis a qualquer idade.
Com o tripé atenção, concentração e sensorialidade, você se insere dentro da realidade de uma forma mais ampliada. Pode perceber o mundo com um olhar mais nítido, mais claro, mais expressivo e, além disso, se sentir bem e presente numa renovada forma de contato com o cotidiano.
Voltar a sentir a vida que pulsa. Fora das ideias. Somos convidados a experimentar o afã de olhar algo pela primeira vez e sentir. Se é isso que você procura na vida, você é nosso convidado! Em cinco dias, num lugar agradável, junto com outras pessoas que buscam o mesmo que você, uma nova forma de viver a sua vida!
Inspiração na quebra do automatismo